A cidade foi a única representante da América Latina no top ten dos British LGBT Awards
Clarín
Não é a primeira vez que Buenos Aires é selecionada como um dos destinos preferidos da comunidade LGBT. Com o resultado dos British LGBT Awards, a capital argentina se consolida como uma das preferidas dentro do turismo gay.
Não é a primeira vez que Buenos Aires é selecionada como um dos destinos preferidos da comunidade LGBT. |
Os British LGBT Awards são os prêmios mais importantes desse segmento e são entregues todos os anos em uma cerimônia exclusiva em Londres.
A vencedora foi Tel Aviv e entre as dez escolhidas também aparecem Berlim, Copenhague, Gotemburgo, Madri, Palm Springs, Reykjavík, Taipei e Tóquio.
A nível mundial, Buenos Aires está no posto 43 em um ranking "gay friendly", elaborado pela consultora internacional NestPick. O trabalho foi publicado no ano passado e se centrou nos lugares que oferecem uma melhor qualidade de vida à comunidade LGBT. Ao todo, incluiu mais de 100 cidades de 80 países.
Motivos
Vários fatos contribuem para que Buenos Aires esteja entre as escolhidas nos rankings internacionais do ramo.
A aceitação dos portenhos a lésbicas, gays, bissexuais e transgênero foi um dos pontos em que Buenos Aires mais se destacou, no recente levantamento da NestPick. Os direitos da comunidade LGBT também ajudaram.
Na última década, a cidade se posicionou como um destino aberto à diversidade sexual. Uma ampla oferta artística, cultural, gastronômica e social, junto com uma legislação avançada, transformou a cidade em uma das mais escolhidas por lésbicas, gays, bissexuais e transexuais.
Em 2010, a Argentina deu um passo importante com a aprovação do matrimônio igualitário. A agenda legislativa continuou com a lei de identidade de gênero e a lei antidiscriminação, entre outras. Nos últimos anos, Buenos Aires se transformou em uma cidade de referência para o coletivo.
Festivais
O segmento representa 15% do gasto mundial em turismo. Cerca de 445.000 turistas LGBT visitam Buenos Aires, de acordo com dados do Instituto Nacional de Promoção Turística.
Esse setor apresenta algumas características que interessam ao turismo: são passageiros frequentes, gastam dinheiro, são exigentes em relação aos serviços, têm entre 30 e 50 anos e, em uma proporção ampla, vêm da Europa (especialmente da Alemanha, da Espanha e da Itália), dos Estados Unidos, da Colômbia e do Brasil.
Para eles, o governo portenho vem delineando uma agenda de festivais, propostas de tango, exposições de arte, palestras, eventos esportivos e espetáculos de drag queens, entre outros eventos.
Ao longo de 2018 serão realizados, por exemplo, o festival BA Diversa, um evento icônico do coletivo, e a Conferência Internacional de Negócios e Turismo LGBT. Será a 11ª edição do GNetwork, o evento organizado pela Câmara de Comércio Gay Lésbica da Argentina junto com o Ente de Turismo de Buenos Aires, que espera receber mais de 1.800 assistentes de 15 países. Além disso, em 2020 Buenos Aires será sede da 5ª edição do LGBT Games, evento com cerca de 5.000 atletas de 15 disciplinas.
O órgão de Turismo da cidade de Buenos Aires lidera oito ações internacionais do segmento LGBT, dentre as quais se destaca a recente Convenção Anual de IGLTA no Canadá, a participação especial em uma feira de turismo em São Paulo e a próxima Proud Experience, em Londres, no mês de junho.
“A diversidade faz parte do nosso DNA portenho e os British LGBT Awards são uma consequência natural da nossa abertura para o mundo. Por meio da promoção internacional e realizando capacitações de gênero e diversidade sexual com mais de 70 hotéis conseguimos intensificar nossas características como destino LGBT”, disse Gonzalo Robredo, presidente do órgão de Turismo portenho.
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